Capítulo 1 - Balada não.
— Ei,
saiam da frente, por favor — disse amigavelmente tentando passar por entre as
pessoas que insistiam em me empurrar. Bom, eu provavelmente devia ter me
esquecido de que na balada ninguém sai da sua frente só porque você quer.
Eu
estava em um daqueles momentos onde você se pergunta porque diabos resolveu
sair de casa. Eu não devia ter aceitado vir para esta festa com Julie. Por que?
Simplesmente porque ela saiu por aí rumo a pista de dança e me deixou sozinha
em um lugar onde eu não conhecia absolutamente ninguém — o que já era de se esperar.
Anti social sempre foi minha fachada. Eu nem sequer sabia quem era o dono, ou
dona da festa. Que tipo de pessoa vai para uma festa onde não conhece o dono?
Apenas eu.
Quase
cinqüenta por cento das pessoas que estavam aqui, entraram de penetras, e
infelizmente eu me encaixo nesta porcentagem. Julie praticamente me arrastara
para esta festa, e não tinha como fugir, até porque, estamos falando de Julie.
Quando ela quer algo, ela realmente não desiste até conseguir. Eu, nem ninguém,
ganha dela.
Haviam
pessoas para todos os lados. Pessoas se
pegando, outras ocupando os quartos do segundo andar, e também tinham
aquelas que estavam em seus cantos fumando seus baseados e praticamente se despindo
de suas roupas na frente dos outros. Qual
é, tem os quartos lá em cima, me poupem de ver suas roupas debaixo! Tinham
os descolados, os bêbados, os safados, e tinha eu. Isolada. Sozinha. E o
pior... mal podendo respirar.
No
mínimo duzentas pessoas estavam dentro deste cômodo abafado e com cheiro de
vodca. Com certeza, esse lugar não era apropriado para festas. A área reservada
para festas no colégio era extremamente pequena, e com um tanto de gente assim,
eu me sentia em uma caixa de fósforo cortada pela metade. A única coisa em que
eu conseguia pensar era em como eu queria estar na minha cama naquele momento,
dormindo e sonhando com o Evan Peters. Eu definitivamente devia ter ficado em
casa.
Bufei
e respirei fundo tentando absorver o resto de paciência e sanidade que me
restava. Minha raiva estava em seu ápice, e a música extremamente alta fazia
com que a minha cabeça doesse.
Pode
parecer estranho, principalmente para alguém da minha idade, mas eu não gosto
muito desses lugares. Qual é a graça de um lugar abafado, cheio de gente e com
cheiro de suor e pinga? Eu não vejo graça nenhuma nisso, muito menos quando se
esta sozinha tentando de uma forma completamente louca passar por entre as
pessoas que te empurram como um saco de pancadas.
Minha
cabeça estava latejando. Droga! Também não devia ter aceitado a bebida que o
barmen havia me dado uns dez minutos atrás. Que tipo de pessoa aceita uma
bebida de um estranho? Eu, de novo. Só porque no fim das contas a bebida saiu
de graça, não fora motivo suficiente para ter aceitado. Além de ter recebido
algumas cantadas do mesmo, resolvi aceitar logo a bebida e sair de lá antes que
ele voasse no meu pescoço. Ele praticamente me comia com os olhos, e aquilo era
completamente desconfortável. Isso tudo porque eu não estava com um vestido
curtíssimo e com um decote maior do que tudo, imagina se eu estivesse?
— Ei, licença! — disse me contorcendo toda
tentando passar por entre um mínimo espaço que havia entre um casal e um
bêbado.
— E aí
gatinha... — ótimo, outro bêbado conversando comigo. Já havia perdido a conta
de quantos chapados vieram falar comigo nas últimas horas. O que eu faço? O
cheiro insuportável que vinha dele estava me incomodando pra caramba, sem
contar que eu estava praticamente encostada nele. E então, foi neste momento
que eu nunca me senti tão feliz ao ver Matthew em toda a minha vida.
Rapidamente comecei a pular e gritar como uma idiota.
— Matt!
Aqui! Matt, vem cá — gritei. Tentativa em vão, a música era tão alta que nem
escutar a mim mesma eu conseguira. E foi isso que eu fiz, fingi que nem havia
escutado o que o carinha me disse, e fui correndo rumo ao Matthew. Nem me
pergunte como eu consegui fazer isso, nem porque, ou o que me deu naquele
momento, mas eu nunca me senti tão aliviada como me senti, quando finalmente
consegui pegar a mão dele fazendo com que ele olhasse para mim. — Ufa, ainda
bem. Você é surdo ou algo do tipo? — ele sorriu e fez uma cara de dúvida,
provavelmente não devia ter ouvido o que eu disse.
— O
quê? — gritou no meu ouvido, e então a resposta para a minha pergunta fora
respondida. Ele não havia ouvido o que eu disse. Outro ponto negativo sobre
baladas: você quase nunca (ou nunca) ouve o que dizem pra você.
—
Ainda bem que eu te achei.
— Você
tava procurando por mim?
— Não
exatamente, mas acredita que eu nunca fiquei tão feliz em te ver, como fiquei
quando te vi há alguns minutos atrás? Tinha um carinha me assediando, você foi
minha salvação! — exclamei.
Ok, eu
não sou nenhum um pouco dramática e exagerada. O homem apenas me disse oi e me
chamou de gatinha, o que isso tem demais? Bom, tirando o fato de odiar ser
chama de apelidos deste gênero (como gostosa ou gatinha) eu simplesmente fugi
sem ter nenhum motivo. Daqui a pouco eu diria que o cara estava tentando me
agarrar, pelo simples fato de estar perto de mim.
—
Então quer dizer que eu sou apenas um segundo plano? Ok, eu posso me conformar
com isso... — ironizou. Eu ri.
— Você
sabe, eu não sou de vir até esse lugares, e você com certeza seria minha última
opção... — ele estreitou os olhos — Mas... como eu não conheço ninguém aqui,
posso deixar com que você aprecie a minha ótima companhia — disse em tom de
brincadeira fazendo ele rir.
— Sua
preciosa companhia? Eu posso até prever sobre os nossos assuntos: a prova de
gramática do bimestre passado, como a professora de inglês tem um ótima plano
de aula... quê mais? Acho melhor jogarmos Tíbia, você é tão boa nisso!
—
Idiota.
Matthew
com todas as letras era um completo idiota. Idiota em todas as línguas
existentes. E eu tinha que aturar a sua idiotice todos os dias nas aulas, e a
tarde, quando do nada ele resolve aparecer na minha casa só para passar em
frente á casa de Fernanda, uma garota metida á superior de quem ele gosta, e
cuja eu detesto. E sim, minha sorte é tanta que Fernanda mora em frente a minha
casa. Então sou apenas um "segundo plano" como diz Matthew, já que o
único motivo para que ele vá até a minha casa é uma garota loira de silicone no
lugar dos peitos. Loira de farmácia.
Já
ouviu falar em amor platônico? Então, é exatamente isso o que acontece com
Matthew, o que o diferencia um pouco mais dos outros casos de amor não
correspondido, é que Fernanda sabe da existência dele, mas simplesmente finge
não saber. Então definitivamente é um amor “platônico” um pouco diferente do
que aqueles que as fãs sentem por um ídolo cujo nem sabem que elas existem. O
amor de Matt sabe que ele existe, e sabe também que na aula de química ele
olha para ela de cinco em cinco minutos, mas ela simplesmente não quer saber
dele, e se duvidar, qualquer dia seu salto vai parar na cabeça dele por colocar
comentários idiotas e frases de amor no mural dela.
—
Fiquei surpreso quando vi você me chamando, nunca te vejo em lugares como
esses. Pensei até que fosse algo da minha imaginação.
— Você
conhece Julie... ela praticamente me arrastou até aqui. Eu nem cheguei, e já
estou querendo ir embora — bufei.
— Se
for depender dela para você ir embora, então é melhor você dormir em um desses
sofás que tem por aí.
— Por
isso mesmo que eu resolvi te chamar, você não pode me deixar em casa? Não estou
afim de dormir na escola hoje, até porque, não quero ter que cuidar de Julie
com ressaca.
— Está
brincando? Claro que não, eu acabei de chegar, se dependesse de mim madrugaria
aqui.
Então
é neste momento que você gostaria de ser maior de idade, e ter seu próprio
carro com uma carteira de motorista, mesmo que a foto seja feia. Aliás, que
foto 3x4 sai bonita?
— Ei,
aquele ali não é o Lucas? — disse apontando para um lugar específico, do qual
eu não conseguira localizar. Era completamente difícil avistar uma pessoa de
longe, no meio de umas cem. Ainda mais uma pessoa da qual você não conhece. É,
eu acho que não conheço nenhum Lucas, ou conheço, mas não me lembro.
— Que
Lucas? — gritei em seu ouvido, nem escutar a mim mesma eu conseguia. Porcaria
de som alto.
— Um
amigo meu. Segura essa bebida minha — disse me dando um copo cheio de bebida
com um cheiro estranho (digo isso, porque era possível sentir o cheiro daquilo
há metros de distância) — Vem cá, vou te apresentar pra ele — tentei dizer algo,
mas nada o impediu de pegar em minha mão e me puxar de um lado para o outro
rumo á esse tal de amigo dele. Isso não iria funcionar, não iria dar certo.
Como nunca dava.
Eu
simplesmente cansei de ver as pessoas tentando "arranjar" alguém para
mim, afinal, acho que posso fazer isso sozinha. Além do mais, sempre que Matt ou
Julie tentam me apresentar para alguém com segundas intenções, as coisas sempre
dão erradas. Também não é para menos, dois desastrados tentando ajudar uma
menina duplamente desastrada, não dá muito certo.
— Matt,
pra onde você está me levando?
— Fica
quieta e vem comigo.
Não
respondi, apenas bufei e encarei a multidão á minha frente. Confesso: não
queria conhecer nenhum amigo dele. Todos os meninos dos quais ele me apresentou
são completamente anormais e estranhos. Nada contra ninguém, mas a expectativa
realmente é bem diferente da realidade.
Expectativa:
Um garoto loiro, de olhos claros, com um sorriso lindo e músculos que chamam a
atenção de qualquer um, deixando as meninas babando (e até alguns meninos) e os
machões com inveja.
Realidade:
Um nerd que se isola de todos e só sabe falar sobre química, ou um maconheiro
que fuma baseado no recreio da escola e tem tatuagens pelo corpo todo. Sem nenhuma
exceção. Autch. Dispenso.
— Matt...
— Já
estamos chegando, só um minuto, ele está bem ali em frente.
E
então, por um segundo que seja eu realmente gostei da idéia de ser apresentada
para o amigo dele. Pelo menos não ficaria sozinha quando ele resolvesse sair
por aí com uma garota e me deixasse ali, a sós comigo mesma. E cá entre nós: é
melhor ficar horas ouvindo sobre química ou pós, do que ficar sozinha como uma
idiota anti social. Vish, não tem
como mudar isso, eu realmente sou uma idiota anti social. Quando o assunto é
conhecer pessoas novas, eu nunca me dou bem, e pode ter certeza, puxar assunto
não é comigo. Como eu sei disso? Ou eu acabo falando sobre como o clima está
ruim lá fora, ou de como eu amo lasanha. E com certeza esses não são ótimos
assuntos, na verdade, são de longe, os piores.
—
Lucas! Ei, aqui! — exclamou Matthew.
E
então, um brutamonte veio em minha direção esbarrando em mim (ou será que fui
em quem esbarrei nele?) e derrubou toda a bebida de Matthew sobre sua camisa.
Sorte minha que não fora na minha, porque azar, eu já tenho demais. E então,
mais tarde descobri que o garoto da "trombada" era o amigo de Matthew.
Lucas não é?
— Meu
deus, me desculpe! — disse olhando para sua camisa, e depois para o seu rosto,
que me encarava pensativo.
Opa, opa, opa! Pensando bem, até
que encontrar com Matt por aí fora uma coisa positiva, não negativa. E todos
aqueles pensamentos ou idéias que eu tinha sobre conhecer o tal de "amigo"
dele, mudaram assim que eu vi aquela figura na minha frente. Então ele era o
tal de Lucas?
— Não
foi nada... é, não foi nada.
Ele
tinha os olhos lindos, e de um preto tão escuro que até com as luzes piscando
em um ritmo frenético, era possível se perder naquelas duas piscinas de chocolate.
Seus cabelos negros caindo devidamente e perfeitamente sobre a sua testa faziam
de sua expressão algo novo e um tanto quanto... misterioso. Ele era diferente,
como se para ser entendido, devesse ser desvendado. Tinha um ar misterioso, e
um sorriso irônico. Seus músculos estavam á mostra, e deixa eu te falar... que
músculos! E a sua boca? Ah sua boca! Não pense nisso, Anne. Não pense. Mas a
questão era: é simplesmente impossível não pensar.
Ele me
olhou de cima em baixo, e mordeu o lábio inferior ainda me encarando. Que é?
Perdeu alguma coisa em mim? Droga, eu é quem devo ter perdido alguma coisa
nele. Eu provavelmente devo estar com a boca entreaberta encarando-o.
Pela
primeira vez na minha vida, eu conheço um amigo de Matt que seja tão bonito
assim, e então eu estrago tudo o encarando como se estivesse comendo-o com os
olhos. Quer dizer, esse não pode ser um amigo dele! Simplesmente está fora de
cogitação. Os únicos amigos queMatt tem, são os esquisitões, os do clube de
xadrez, e o vizinho tarado que mora do lado da casa dele.
Ok, a
verdade é que eu tinha que parar de olhá-lo assim, como se estivesse na frente
do Brad Pitt ou Tom Cruise, acho que estava ficando desconfortável não só para
mim, e sim para ele.
Porque
será que eu tenho que ser tão idiota?
E tão
estranha?
Tudo
bem, posso desconsiderar, já que é bem provável o fato de que qualquer pessoa
que estivesse no meu lugar, também ficaria como eu estou no momento. Meninas, e
até alguns meninos.
— E aí
cara?
— Matthew,
você veio!
Ele nunca perde festa nenhuma, pensei comigo
mesma. E até entra de penetra em algumas festas das quais não é convidado, como
eu fiz hoje. E eu me sinto completamente envergonhada por isso.
—
Claro que eu vim, não podia perder. Além do mais, aqui está cheio de gatinhas —
rolei os olhos com seu comentário.
—
Falando nisso, eu tenho que te apresentar para uma pessoa.
Ótimo,
vou ficar isolada novamente — não sei como eu não sabia disso, eu sempre acabo
sozinha. Pensando bem, ficar sozinha é bem melhor do que ficar ouvindo conversa
de garotos sobre como o vestido daquela loira ali do balcão é curto, ou de como
o decote daquela de vermelho é grande. Mas na verdade, o vestido daquela garota
é curto mesmo, podia até ver sua lingerie
vermelha.
E eu que
pensava que ainda pudesse existir pelo menos um mínimo de garotos que não
olhassem só para a bunda ou seios. Ok, estamos falando de quê? Garotos são
sempre assim, não adianta dizer toda aquela coisa de "eu te amo e só vejo
o seu coração", na verdade, a maioria das pessoas que dizem isso, falam
olhando para o seu decote. Essa é a realidade.
Eu
definitivamente estava torcendo para passar algum conhecido que pudesse me
acompanhar até a minha casa, o que era muito improvável. Não queria ficar vendo
Matthew e Lucas olharem para a calcinha das meninas por debaixo do vestido.
Eu não
estava vestida para uma balada, é óbvio que eu não imaginava que fosse uma
"festa" assim. Julie dissera que era algo simples, para poucas
pessoas, no máximo umas cinqüenta, e então eu chego e dou de cara com duzentos
bêbados onde só cabem cem.
Eu
estava neutra, transparente. Aposto que se subisse em uma mesa cercada por homens
e começasse a fazer uma dançinha sensual tirando cada peça da minha roupa,
ninguém me notaria. Aliás, quem é que iria querer ver meu sutiã de bolinhas
rosas?
— Quem
é essa? — disse Lucas, e eu tive a impressão de que, "essa", era eu.
E sim, era eu, caso contrário ele não estaria olhando pra mim.
—
Ah... ela? — disse Matthew apontando para mim, como se nem lembrasse da minha
existência — Uma amiga minha.
—
Porque vocês dois estão agindo como se eu não estivesse aqui? — bufei. Nenhum
dos dois me respondeu, apenas me encararam, e um segredo: eu me sinto
completamente desconfortável com alguém me olhando, ainda mais dois.
Minha
calça jeans era surrada e não era nenhum pouco bonita em comparação as roupas
que as outras garotas usavam. Eu me sentia um cachorro de rua, perto daquelas
cadelas de madames, que tem coroa e são tratadas como a princesa Daiana. Ah-meu-deus! Eu não acredito nisto!
Minha blusa estava do avesso. Tecnicamente, sair de casa tão depressa deu
nisso, Julie. Da próxima vez eu me enfio debaixo do cobertor e finjo estar com
uma virose mortal. Este foi o pior mico da minha vida.
Acho
que devia ser por isso que Lucas estava me olhando atentamente há mais ou menos
uns três minutos. Espera, ela não estava olhando para a minha blusa cuja estava
do avesso, e sim para o meu rosto. Será que minha maquiagem borrou? Verifiquei
meu cabelo, minha tiara, e se minha blusa apesar de estar do avesso, estava
colocada corretamente em meu corpo, nunca se sabe não é? Estava tudo em seu
devido lugar, literalmente.
— Anne,
você está bem?
— Hm.
O quê? — perguntei saindo do transe.
— Você
está chapada ou algo assim? Faz tempos que estou te chamando, e você não me
responde. Está bem?
—
Estou... eu acho.
— Como
assim você acha? Quer que eu te leve para casa? Porque eu posso te levar...
— Ei,
calma Matt, eu tô bem. Não precisa me levar pra casa não, eu só estou... com
calor! É isso! Aqui está muito abafado, meu deus.
Dizer
a primeira coisa que vem na minha cabeça, é a minha especialidade. Devia ir
para a globo, e ganhar um Oscar de melhor atriz!
— Ah,
você quer que eu vá com você lá fora tomar um ar?
— Não,
pode deixar, eu vou sozinha — dei uma piscadela.
— Tem
certeza?
—
Tenho sim.
—
Qualquer coisa é só me chamar, sabe onde me encontrar. Ah... tome cuidado com
os bêbados, ok? — piscou e deu um sorriso após gargalhar. Eu realmente
precisaria de tomar cuidado, porque nem encontrar a saída eu sabia direito.
Que bom que a Juh voltou a escrever, amo o que ela faz, amo a escrita dela. Amo tudo. Obrigada. A web está ótima. Amei!!!!!!!
ResponderExcluirAnne, s2
ResponderExcluirAmei, amei, amei.
ResponderExcluirNem comento. Não tenho palavras.
ResponderExcluirLindaa, ja to amando Juu
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